Pontos de inflexão
O termo ponto de inflexão se tornou popular após o livro de Flavio Augusto da Silva, a ideia de um ponto que muda a direção de um projeto, ou da sua vida inteira saiu dos livros e manuais de matemática, não entendidos pela maioria das pessoas e ganhou espaço em legendas e hashtags nas redes sociais. Mas será que aprendemos mesmo o conceito, ou só estamos repetindo a expressão sem usar esse conhecimento de forma estratégica em nossas vidas e negócios?
Em meio a minha semana de aniversário (canceriana do dia 03/07), não posso deixar de pensar sobre os meus próprios pontos de inflexão. Flavio descreve pontos de inflexão como “momentos de nossa vida em que nossas decisões vão determinar para que direção seguiremos e que bônus ou ônus assumiremos. Em outras palavras, tomamos milhares de decisões diariamente. Porém, algumas delas não são decisões corriqueiras. São decisões especiais. Decisões que têm o poder de mudar o rumo do roteiro de nossa vida.” Encarar esses momentos não é tão romântico e divertido como parece na citação. Em regra, são períodos de inseguranças e medos, foi assim para mim e para a maioria esmagadora das minhas parceiras alunas e/ou mentoradas. Como, então, aprender a usar esse conhecimento de forma que o mesmo seja produtivo e eficaz?
O primeiro passo é entender que você está vivendo um momento diferente e importante. Não adianta negar, querer olhar para o outro lado e fingir que é só mais uma decisão. O segundo passo é entender sobre os diferentes cenários que poderão acontecer, dependendo do caminho que você escolher. Esse segundo ponto foi muito importante para mim no meu processo de transição de carreira, quando decidi parar de advogar e me dedicar exclusivamente a LCR e ao desenvolvimento pessoal, profissional e empresarial de outras profissionais liberais. Em 2013 eu desenhei o que aconteceria se eu ficasse, o que aconteceria se eu fosse e o que acontecerei se eu tentasse uma terceira via, diante das possibilidades traçadas eu entendi os ganhos, as perdas e os riscos de cada opção. Com todas essas informações em mãos eu tomei a minha decisão e o maior ponto de inflexão da minha carreira foi criado e executado. Nada simples e nada fácil, mas totalmente importante e necessário para que eu chegasse onde estou hoje.
Pontos de inflexão mudam nossas vidas em um grande duplo twist carpado, ao chegar do outro lado do tatame você dificilmente cairá 100% equilibrada, mas sempre estará mais forte para os desafios seguintes, e, com os passos elencados, você estará também mais preparada. Eu não sei se você já viveu o seu grande ponto de inflexão, eu não sei se você está vivendo um importante ponto de inflexão nesse momento, eu não sei quando será o seu próximo ponto de inflexão, mais uma coisa eu sei, decidir de forma pragmática e agir de forma racional é o melhor quando se trata de grandes decisões. Minha transição de carreira não foi fácil, mas foi muito assertiva e bem planejada, ao final, eu não cravei no solo como Dayanne Silva nas Olimpíadas (rainha brasileira do duplo twist carpado), mas cravei no objetivo profissional que eu buscava, após 8 anos conquistei tudo o que desejava para a primeira década da empresa e já estou adiantando os objetivos da segunda.
Em resumo, não tenha medo do ponto de inflexão e não o use como uma hashtags bonita, crie o seu ponto de inflexão e Faça Dar Certo, Até Dar Certo.
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