Síndrome da Impostora

Hoje eu falo com você que já se sentiu uma impostora, induzindo alguém ao erro enquanto profissional e se sentindo uma grande fraude ao receber elogios e crescer dentro do seu escritório. Quem nunca sentiu que não era a melhor opção para o próprio cliente?! Ou ainda, quem nunca pensou em abrir mão de um ganho profissional por não se achar merecedora?!
Essa sensação é conhecida como síndrome da impostora e atinge ao menos 70% dos profissionais, ao menos uma vez ao longo de suas jornadas. Os episódios tendem a acontecer em momentos de dificuldades e novos desafios, podendo ser curtos ou mais longos, a depender do caso concreto e também do auxílio buscado pela profissional. Se não cuidado, pode evoluir para casos graves, com comportamentos de autossabotagem ou de excesso de trabalho, a autossabotagem acontece quando a mulher começa a procrastinar e negar novos projetos e desafios por não se achar a altura e o excesso de trabalho e estudos dá origem a um comportamento workaholic, a profissional entende que ela precisa sempre fazer mais e melhor para não ser “descoberta”, para que não vejam o quão ruim ela é. A síndrome leva o nome no feminino por atingir muito mais mulheres do que homens e a causa para isso é fácil de ser encontrada e difícil de ser solucionada. Fácil de ser encontrada porque está intimamente ligada a crenças limitantes internas e construções sociais externas, difícil de ser solucionada porque está intimamente ligada a crenças limitantes internas e construção sociais externas.
Quando pensamos nos quesitos internos, estamos falando das crenças que alimentamos a nosso respeito, concepções criadas ao longo da vida e fortalecidas com base nos estímulos externos recebidos e na forma como eles foram entendidos pela nossa mente. Aqui, não tem jeito, a mulher precisa trabalhar o autoconhecimento, através da terapia, do coaching e da mentoria, ela precisa entender o que não é real e o que é, mas que pode ser mudado. Somente com essa nova visão dela mesma, ela poderá entender que é incrível e capaz.
Já as construções externas, além de ajudarem na formação das crenças limitantes, também atrapalham o crescimento da mulher no mercado pois impactam de forma direta e inequívoca o modo como uma mulher decidida, focada e líder é vista e analisada por ser pares, sejam eles homens ou mulheres – infelizmente, muitas de nós ainda alimentam o machismo estrutural presente em nossa sociedade.
A pesquisa A Falsa Farsa | Discovery Inc 2021 trata justamente sobre esse tema e nos mostra como essas construções afetam a vida e a carreira de mulheres, que em posições iguais a homens e com atitudes similares são valoradas de formas muito distintas, por exemplo, um homem é assertivo quando decidi algo e luta por isso, já uma mulher na mesma situação é chamada de grosseira. Um homem que se deixa tomar pelas emoções negativas chegou ao seu extremo, uma mulher é louca e desequilibrada. Essa regra de dois pesos e duas medidas gera instabilidade para as mulheres e uma dose extra de trabalho para as mulheres que desejam crescer profissionalmente.
Não fomos ensinadas ao longo da vida a acreditar em nós mesmas, pelo contrário somos ensinadas e duvidarmos de nossas capacidades. Ao longo da faculdade aprendemos sobre a técnica, mas seguimos não sendo preparadas para o mercado e seus desafios profissionais, por isso a pesquisa, esse texto e todo meio de comunicação que visa ajudar mulheres a se entenderem mais e se fortalecerem, precisa ser divulgado.

Espero que você sai desse texto mais preparada para Fazer Dar Certo, Até Dar Certo. Espero ainda que você compartilhe esse texto com muitas amigas, pois juntas somos mais fortes!!!!



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