
As pessoas da sua vida.
David O. McKay disse: “Nenhum sucesso na vida compensa o fracasso no lar.” Eu não poderia concordar mais com essa afirmação. Por isso, nessa semana para mim tão especial – muitos aniversários na família – venho falar do item mais valioso presente em nossas vidas: as pessoas.
Como boa canceriana, tenho as pessoas como a base de todo o resto, o que não significa que para você seja assim, mas peço carinho ao ler esse texto e espero que ele possa te fazer refletir sobre as pessoas que estão presentes na sua trajetória, afinal você não pode negar que existem pessoas importantes na sua vida e que cada uma delas tem um papel especial e único.
Dito isso, vamos falar sobre como conciliar vida pessoal e vida profissional. Já começo dizendo que não acredito nessa divisão e sempre aconselho minhas parceiras a refletirem sobre ela e os malefícios que ela pode trazer para uma vida equilibrada. Isso porque somos seres completos, cada momento de nossas vidas e de nossos dias compõem aquilo que somos. Não podemos viver uma verdade de segunda a sexta e outra aos sábados e domingos. Se você vive ou conhece alguém que vive assim, já deve ter notado que essa pessoa anda triste e/ou estressada.
A sobreposição da vida profissional sobre a vida pessoal costuma se dar por dois motivos: a vida profissional passa por um momento de dificuldade ou então a vida profissional passa por um momento de crescimento e desenvolvimento.
Vamos começar falando sobre quando a área profissional atravessa um período de dificuldades. Nesse caso, a pessoa sente estar vivendo a todo momento uma mentira, como se estivesse sempre tentando se livrar do que lhe traz infelicidade. Porém, como disse anteriormente, ela não pode estar insatisfeita somente nos “horários comerciais”, cedo ou tarde a tal mentira que ela está vivendo acaba contaminando os outros setores da sua vida. A pessoa começa a brigar com os entes queridos, não quer mais sair com os amigos e, para mim o clássico da infelicidade com a carreira, ela se deprime ou se irrita com a música do Fantástico no domingo à noite e desconta em quem está ao seu lado.
O que fazer em uma situação assim? O primeiro passo é aceitar que algo precisa mudar. O segundo é assumir a responsabilidade pela mudança. O terceiro é se abrir com quem você ama e que ama você.
Você terá que se abrir e deixar que essas pessoas possam ver os seus medos mais profundos, pois só sendo de verdade poderá ter apoio de verdade. Sei que dá medo e você deve escolher com cuidado quem são as pessoas dignas de verem suas feridas, mas depois que se abrir, verá como isso lhe trará não só conforto, mas também aliados fiéis para te ajudar nesse processo.
O segundo motivo que nos leva a abdicar em parte de quem amamos é quando as coisas estão indo tão bem em nossas carreiras e vivemos um período de ascensão profissional que exige mais de nós do que estamos acostumados. Nesse cenário, muito mais confortável que o descrito anteriormente, acabamos por vezes respirando trabalho, trocamos sem hesitar passeios e momentos por projetos e novos desafios. O que ao final de um tempo cansa as pessoas que estão no sofá - nos esperando até tarde, só para chegarmos e dormirmos exaustos e sonhando com o próximo dia e os compromissos profissionais - ou em uma mesa de happy hour - nos esperando inutilmente porque perdemos a noção do tempo com um novo cliente.
Nesse caso, precisamos nos lembrar novamente que a vida é um todo e que ninguém vive só do lado profissional. O ser humano precisa de suas relações para se definir enquanto indivíduo. É normal que fases da carreira exijam mais, mas mesmo nessas você precisa se organizar para ter momentos com você e com quem você ama.
Em resumo: você não sairá do fundo do poço sozinha e não adiantará estar no topo se não tiver alguém para segurar a sua mão por lá. O equilíbrio não será fácil, mas irá valer a pena, comece hoje mesmo e veja como sua vida ficará mais leve e feliz com a maior interação com quem você ama e que ama você.
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